
Quando começamos a viajar, sentimos aos poucos a necessidade de ter um 4×4. O que nos motivou a princípio era o desejo de chegar a lugares onde não era possível com um carro comum, longe da agitação e não tão populares assim nos roteiros de viagem. E observando a união e trabalho em equipe de vários grupos de 4×4 pelas estradas, essa motivação só crescia.
Se viajar mais era um de nossos objetivos, se aventurar nas feiras de motor home, blogs e grupos de 4×4 na internet foi super divertido e nos permitiu conhecer mais esse universo. E também foi um dos motivos pelo qual surgiu a ideia do Na Trilha da Lente.
Esse sonho foi adiado por um tempo. Nesse período, realizamos o sonho de ter nosso apartamento e pisamos no breque para poder fazer as coisas com calma.
A ideia era comprar um 4×4 a Diesel, por se um carro mais robusto, pela economia e por acesso a áreas alagadas. Definimos que tinha que ter câmbio 5 marchas e um motor OM 364 (um motor mais moderno). E inicialmente, optamos por uma Toyota Bandeirante (curta).
A busca pela Bandeirante foi bem cansativa, afinal já sabíamos que encontrar uma que atendesse alguns requisitos básicos aqui na região não seria tarefa fácil e ir para a cidade que tem mais Bandeirantes no Brasil 📍 Brejo da Madre de Deus (PE) era inviável.
Olhamos diversos classificados de veículos, checávamos o OLX, grupos no Facebook como : Toyota Bandeirante e Fórum 4×4. E ainda, tornaram-se fontes de informação para nós , o próprio site Fórum 4×4 e o canal do Youtube do Sandro Leite, onde encontramos muitas dicas, tiramos muitas dúvidas.
Por ser um carro mais antigo a Bandeirante tem um problema crônico de ferrugem e para encontrar peças. Quando a Bandeirante estava aceitável por fotos, tanto em mecânica quanto lataria, era muito distante para ir vê-la de perto.
Fomos para Ribeirão Pires, Andradas (MG) e cidades próximas como Ibiúna. Ou não atendia ao que procurávamos ou as que estavam em melhores condições, obviamente ficou muito além do orçamento.
Depois de muito tempo, muita paciência e contatos, logo que encontramos uma Bandeirante no Espírito Santo, do jeitinho que queríamos, também surgiu um anúncio no OLX de um Troller 2003, a apenas 72 km da nossa cidade.
Nessa hora, sabíamos que nossos planos iriam mudar e que que finalmente havíamos encontrado um 4×4 pra chamar de nosso.
Foi amor à primeira vista!
O Troller 2003
Não tínhamos que nos preocupar com ferrugem, pois a carroceria é toda em Fibra de Vidro, um motor totalmente nacional (MWM), fácil aquisição de peças (já que os primeiros Trollers são uma mistura de peças de vários carros nacionais) e um modelo com pouca eletrônica, ou seja, isso diminui as panes no carro.
Nem preciso dizer que o motor MWM 2.8 Sprinter Intercoller, tem uma mecânica muito confiável se você cuidar bem dela e não levar o carro a trabalhos extremos sem as devidas manutenções.
Nosso carro ficou muitos anos parado com a antiga proprietária (Renata) e tivemos algumas preocupações e perguntas, mas nada que um mecânico especializado em Diesel não pudesse nos ajudar. Como era próximo da nossa cidade, essa foi uma das grandes vantagens: levar o mecânico até o carro para checar tudo que precisávamos para fechar o negócio.
Além disso, houve uma sintonia muito bacana com a proprietária, algo que até então não havia ocorrido em nossas andanças por aí. Isso nos motivou ainda mais!
![]() Nós e a Renata: o início de uma amizade. |
![]() O douradinho já na vistoria. |
Depois de tudo certinho é hora da revisão e colocar tudo em dia! Mas esse já é um assunto para um próximo post 😉 .
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